A reunião realizada no pavilhão Lauro Travassos foi muito boa possibilitando uma intensa troca de informações entre os servidores e os componentes da chapa 1.
O clima de informalidade e proximidade possibilitou que várias dúvidas fossem esclarecidas, com sugestões de novas ações a serem incorporadas e o mais importante, foi possível um amplo debate sobre as propostas voltadas para o Ensino.
A Dra. Clélia abriu a parte de perguntas relembrando a sua entrada na Fiocruz em 2008. Foi destacado pela servidora o quanto é difícil para uma Doutora recém-formada, construir uma equipe e ser absorvido pelo sistema de pós-graduação. Pois muitas vezes a co-orientação não é formalmente reconhecida. Portanto, a abertura de novos cursos/programas de pós-graduação onde alguns pontos abordados no debate foram resgatados, deve ser realizado com a necessidade de se fazer um mapeamento e uma análise criteriosa sobre a estrutura existente e as competências estabelecidas, para se abrir novos programas de PGs baseado em demandas de formação nacionais alinhadas a competências institucionais em novas áreas do conhecimento. Outro ponto abordado na reunião foi sobre a capacidade da CAPES em financiar novos cursos considerando o cenário restritivo atual. Da mesma forma ressaltou-se na reunião o critério quantitativista que a CAPES utiliza para credenciamento e avaliação de programas.
Outro aspecto complementar na área de ensino que foi destacada é a formação voltada para as categorias de tecnologistas e técnicos de nível superior que são as modalidades profissionais. Entre as áreas que poderiam ser contempladas está a da qualidade pelo seu forte impacto para as atividades do IOC.
Fernando Mota destacou, ainda, que uma iniciativa importante em andamento é o curso Labmanager desenvolvido pelo Serviço de Gestão de Pessoas do IOC. Este curso é fundamental para os profissionais que trabalham dentro do laboratório e não tem uma formação em gestão. A preocupação em formar profissionais para área de gerenciamento é muito importante para o bom funcionamento dos Laboratórios. A criação de disciplinas compartilhadas com outras unidades da Fiocruz. Desta forma podemos ampliar o número de alunos treinados.
Outro tema pertinente a formação profissional é o reconhecimento por resultado de aprendizagem (RRA) é importante para os profissionais e que ela deve estar focada, também, como estratégia de fortalecimento do processo de capacitação dos servidores para o desenvolvimento de suas atividades.
Uma preocupação destacada por todos na reunião é a possibilidade de um número elevado de profissionais entrarem com pedido de aposentadoria caso as regras da previdência sejam implantadas nos novos moldes do governo. Certamente haverá um impacto considerável para a unidade em termos da perda de conhecimento que estará saindo com os profissionais. Entre as áreas que seriam afetadas foi citada a de Coleções como citou Mário Gatti.
A importância de se investir na PAPI para que esta possa dar uma assistência mais abrangente e qualificada aos laboratórios nos processos de patenteamento, uma necessidade destacada pelos profissionais na reunião. Ainda, Marli Cruz discutiu os temas como produtividade, avaliação dos Laboratórios entre outros temas devem ser feitos por meio do Colegiado de Doutores. Esta instância foi destacada como sendo de fundamental importância para a tomada de decisão colegiada sobre temas que venham a fortalecer o IOC no conjunto de suas ações e no papel que tem na produção científica de qualidade.
Laboratório de Biologia Molecular de Parasitos Vetores
A chapa “Um Só IOC” fez uma visita no final da tarde no Laboratório Biologia Molecular de Parasitos e Vetores coordenado pela Dra. Yara. Um dos primeiros temas a serem debatidos foi o financiamento por meio do PROEP. Na opinião da Dra Yara este era um modelo interessante e que deveria ser adotado. Milton explicou as vantagens e desvantagens dos dois modelos, PROEP e PAEF e que o importante é ter uma forma de manter o investimento ágil e flexível para o laboratório. Outro ponto destacado foi a necessidade de se fortalecer os investimentos nos Laboratórios. É necessária uma análise aprofundada sobre as diferentes entradas de recursos na unidade para que se possa avaliar de que forma os investimentos podem ser mais bem estruturados. Outro tema importante e que tem forte impacto para as atividades do Laboratório é a internet comentário feito por Antonio Tempone. Foram feitas observações quanto a lentidão da rede o que acarreta prejuízo nas atividades rotineiras dos pesquisadores. Foi destacado o projeto Giga que vai aumentar a velocidade da rede através de um novo cabeamento que vai chegar ao Pavilhão Leonidas Deane.
Mais uma vez se destacou a importância da PAPI na gestão dos projetos dos laboratórios. Este importante setor pode ser fundamental na captação de novos recursos. Importante destacar que o IOC tem um grande potencial para estabelecer parcerias com outras unidades da Fiocruz como Biomanguinhos, por exemplo. Dra. Yara destacou a importância da pesquisa básica no processo de produção do conhecimento científico. Esta é a atividade organizadora do desenvolvimento científico e, como tal, merece ter um maior investimento. Neste sentido destacou que seria relevante que o conhecimento produzido pelo IOC no conjunto de seus laboratórios deveria ter um maior destaque no site do IOC. Esta é uma iniciativa que está contemplada nas propostas da chapa para a área de comunicação e informação. O pós-doutor Erich Telleria também contribuiu com boas ideias como a criação de um banco de oportunidades que pudesse articular bolsistas com novos projetos e linhas de pesquisa de forma a otimizar e potencializar o conhecimento formado dentro do IOC.